sexta-feira, 21 de julho de 2017

Figuras de Linguagem (Pensamento/Estilo)



Você já ouviu falar em Figuras de Pensamento, certo? Mas, talvez não tenha a noção de quanto esse assunto cai em provas. Por isso, resolvemos fazer um resumo do tópico para ajudar você na sua preparação. Mas, não se esqueça: assistir às aulas e fazer muitas questões são essenciais para uma boa preparação.

Vamos lá:

Figuras de Pensamento é uma das divisões do assunto Figuras de Linguagem, que é o nome que se dá às figuras de estilo. Vamos ver como as Figuras de Pensamento podem se divididas:

Figuras de Pensamento

São aquelas associações que se fazem no campo das ideias:

Comparação – Estabelece uma comparação entre dois elementos por meio de uma qualidade comum, mantendo-se a essência dos dois. Os dois elementos aparecem no enunciado, ligados por um conectivo do tipo : como, que nem, assim, tão, quanto, tal qual, ou por verbos como parecer, assemelhar-se, entre outros.

Ex.: Aquele homem é forte como um touro. ( o como é o elemento de comparação, pois a característica entre os dois é a força)

Aquele homem parece um touro. (parece é o elemento de comparação)

Obs.: muita atenção! Não confunda com metáfora, pois se tem elemento comparativo, não é metáfora.

Metáfora – É uma comparação implícita (sem elemento comparativo) em que acontece a fusão dos dois elementos comparados, com a ideia de que um é outro. Ou seja, a metáfora, funde os dois elementos: uma coisa é a outra.

Ex.: Aquele menino é um touro.

“A sua fala deve ser um murmúrio de harpa eólia”.

Personificação (ou prosopopéia) – Quando você olha para alguma coisa que não é humana com olhar humanizado. Consiste na atribuição de uma qualidade típica de seres animados como a fala, o movimento, o raciocínio, etc, a seres inanimados.

Ex.: O vento dança com as folhas das árvores.

Fiquei trêmulo, muito comovido com o livro palerma olhando para mim. (Mário de Andrade).

Um grande exemplo são as fábulas quem têm como origem a personificação: quando colocamos falas em animais.

Hipérbole –
efeito de levar para o exagero. É o emprego de uma forma exagerada para dar mais expressividade à mensagem.

Ex.: Já falei mais de um milhão de vezes sobre isso!

Eufemismo – É a suavização de uma ideia para evitar o impacto de uma mensagem cruel, negativa ou ofensiva.

Ex.: você está faltando com a verdade! (mentindo)

Paronomásia – É o trocadilho ou Jogo de Palavras.

Ex.: O importante não a casa onde moramos, mas, onde, em nós, a casa mora”. (Mia Couto)

Metonímia – baseia-se na substituição de um termo por outro, quando existe proximidade semântica entre eles.

A metonímia pode ser divida em:

a) Substituição da obra pelo autor;

b) Substituição do conteúdo pelo continente;

c) Substituição da causa pelo efeito;

d) Substituição da parte pelo todo.
Antítese – É a associação de palavras ou ideias em oposição.

Ex.: O bem e o mal vivem dentro de nós.

Paradoxo –
Caracteriza-se pela contradição entre as imagens associadas.

Ex.: “Por que cada qual exerce uma ação própria, a vida social individualiza-se. ( Milton Santos)

Note que “vida social individualiza-se’ traz a ideia de contradição.

Gradação – É uma sequência de ideias apresentadas em ordem crescente ou decrescente.

Ex.: Oh, não aguardes que a madura idade/ te converta essa flor, essa beleza/ Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada. (Gregório de Matos)

Sinestesia – Caracteriza-se pelo cruzamento dos sentidos (audição, visão, olfato, tato e paladar) na associação de ideias, como ocorre em “Cheiro de café quente” (cheiro- olfato e Quente – tato).

Ex.: “Através de grossas portas,/ Sentem-se luzes acesas (sentem-se – tato. Acesas – visão) (Cecília Meirelles)

Ironia – Ocorre quando se diz o contrário do que se quer dar a entender, ou quando se produz um efeito de sentido diverso do que foi empregado na formulação denotativa.

Ex.: Você está emagrecendo mesmo! (quando na verdade, está engordando.

Assista às aulas e faça questões sobre Figuras de Linguagem no site Qconcursos.com.

Fonte: Qconcursos.com/ Prof. Isabel Vega